REGRESSO:
Regressamos ao mundo habitual, à rotina habitual, talvez gastos demais para que algo pareça “habitual”. Não estamos dissipados pelo corpo pesado, não sentimos a mente pesada, na realidade, esvaziámos tudo: dançámos até o corpo ceder, amámos tudo com intensidade, deixámos a consciência abrir e a intenção era apenas esta: ser feliz.
Projetámo-nos tanto naquele espaço sagrado de dança que nos tornámos parte dele. E quantos não temos um pouco da nossa alma em terras batidas pela vontade do amor, da paz, o saber que existe algo que vale a pena?
Por vezes é assim: a alma esvazia-se porque encontra aquilo - não é o tempo, nem o espaço – é o MOMENTO. Em segurança porque temos tudo o que queremos e precisamos em nosso redor: deixamo-nos ir. E vazios abrimos a alma justamente no momento em que nos sentimos luz na escuridão e enchemo-la com tudo aquilo que nos rodeia. Queremos guardar tudo sem limites, queremos fazer parte disto para sempre. Coletivamente, a vibração entre todos conecta-se a algo maior: o movimento.
Regressámos a casa e nada parece habitual, será que já regressámos mesmo?
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Artigo de Maria Rebelo