1- Antes de mais, há quantos anos és Dj? E sempre dentro deste género musical?
R: “A minha carreira musical começou com 15 anos a tocar em bandas de covers, mais tarde originais e só depois disso me envolvi na musica electrónica. Sou produtor há 10 anos e sim sempre foi psy-trance que me puxou para o mundo da produção.”
2- Quando o mundo do psytrance aparece nas nossas vidas, generalizando, arrebata-nos e vai crescendo em nós. Recordas-te de como esta música/mundo chegou à tua vida? E quantos anos tinhas?
R: “Sim tinha cerca de 16 anos quando pela primeira vez tive contacto com este estilo de música, acompanhado por amigos mais velhos e com uma visão incrível do mundo em geral, com isso tudo apaixonei-me por este estilo que hoje em dia é a minha vida.”
3- Recordas-te em que festa te estreaste como Dj? Dirias que essa foi a atuação que mais te marcou?
R: “Sim recordo como se fosse hoje Gates of Energy em Murça, Vilareal, na altura o projecto chamava-se Hypnotic Noise (2012), um projecto com live guitar, drums & keyboard. Claro que esta atuação marcou mas existiu atuações que marcaram muito mais essa foi o inicio de tudo no mundo psicadélico como artista.”
4- E qual foi o teu primeiro lançamento?
R: “Primeiro lançamento de Transient Disorder foi uma colaboração com um artista israelita, Micromax 2016 , foi editado na Fractal Records.”
5- Os artistas de psytrance possuem influências de outros géneros musicais. O que te inspira fora do universo eletrónico? Que outras formas de arte fazem parte do teu processo criativo?
R: “As minhas influências veem de outros estilos musicais, como metal, jazz, blues. Mas nem sempre a música e a forma de inspiração, por vezes nada como limpar os ouvidos e cabeça com tempo na natureza isso pra mim é indispensável.”
6- Tens algum conselho para os artistas de trance em ascensão?
R: “Tenho sim, que sejam eles próprios isso é o que esta a fazer falta ao movimento MUNDIAL!!!”
7- O que mantém vivo o teu amor pela música eletrónica?
R: “Exatamente o mesmo que me fez apaixonar por este movimento, a constante evolução pessoal e profissional, não tem fim, enumeras possibilidades de recriar algo nunca antes ouvido.”
8- No que toca à produção, dedicas-te todos os dias a fazer música? Quanto tempo, geralmente, demoras a criar um som completo?
R: “Sim quase todos os dias passo umas horas no estúdio, o processo criativo não tem tempo, umas rápidas outras mais lentas, existe muita variável para a conclusão de uma música, não é algo que de para contabilizar, pelo menos pra mim.”
9- Tens muitas músicas que nunca lançaste? Qual é o motivo principal?
R: “Sim tenho algumas músicas por editar. O principal motivo é não ser a altura certa para tal, quando o momento chegar elas vão sair pra rua pra todo o público poder desfrutar.”
10- Tens algum próximo passo pensado para o teu projeto? O que se segue?
R: “Próximo passo vai ser o lançamento do álbum. Ainda sem data prevista mas já se encontra em andamento.”
11- Quando estás em palco, quais são as emoções e pensamentos que mais tens presentes?
R: “Alegria de ver toda gente a divertir-se é algo que não tem preço e isso é o que faz o meu projecto andar, absorver toda a energia do público durante a minha atuação é algo inexplicável."
12- Gostarias de colaborar com algum artista em especial? Porquê?
R: “Sim claro que sim, acho que qualquer produtor tem o sonho de trabalhar com o seu grande ídolo. Astrix era o artista que escolhia pela magia que apresenta em todas as suas composições.”
13- Se pudesses escolher qualquer lugar no mundo para tocar, onde seria?
R: “Deserto do Sahara.”
Obrigado por te juntares a nós nesta entrevista! Queres deixar algumas palavras à comunidade psytrance portuguesa antes de terminarmos?
R: Malta este porra do virus vai passar rápido, muito em breve vamos estar todos juntos!
Stay home, safe and keep it psychedelic.
Filipe Trindade AKA Transient Disorder
Dacru Records
Entrevista de Ana Filipa Santos