1 – Como é que a música surgiu na tua vida?
R: O meu pai é compositor musical, e era comum ele levar-me para o estúdio quando era mais novo. Também a minha irmã me influenciou, pois ela adorava pop dos anos 80 que passava sempre na televisão na altura.
2- Qual foi a primeira festa em que atuaste como DJ?
R: Comecei por tocar em festas de aniversário a partir dos 14 anos e continuei até começar a tocar em discotecas. A minha primeira atuação de psytrance foi em 1998, numa pequena festa perto de Tel Aviv, toquei ao vivo sob o nome “Children of the Doc”.
3 - Como foi o começo da tua carreira?
R: Foi nos tempos áureos do psytrance em Israel, e após anos a frequentar festas foi muito divertido finalmente atuar nelas. A minha primeira atuação fora de Israel foi em Portugal! Foi no Hard Club no Porto, e foi uma experiência incrível.
4 – Como começaste a produzir música eletrónica?
R: Foi quando me juntei ao DJ Goblin e começamos a tentar misturar os artistas que mais gostávamos nas nossas músicas e fomos aprendendo diariamente. Lançamos algumas músicas como parte de compilações, e o público começou a responder positivamente ao nosso trabalho. Isso deu-nos imensa motivação para continuar e finalmente produzir um álbum.
5 – De onde retiras inspiração para criar novas músicas?
R: Ouvindo muita música, indo a festas e vendo muitos filmes. Fizemos ‘sample’ a imensos filmes ao longo dos anos.
6 – Quando é que lançaste a tua primeira música?
R: Nós trabalhamos imenso na nossa primeira faixa, que foi lançada pelos Astral Projection (Phonokol Records) e lançada numa compilação. A partir daí foi tudo muito rápido, lançamos mais algumas músicas e o nosso primeiro álbum em 1999. As atuações internacionais vieram logo a seguir.
7 – Os artistas de psytrance têm variadas influências de outros géneros musicais. O que te inspira fora do mundo eletrónico? Que outras formas de arte participam no teu processo criativo?
R: Eu costumava ouvir muitos outros géneros musicais, do heavy e death metal ao jazz. Hoje em dia tenho o hábito de ouvir eletrónica ‘esquisita’ que leva a minha imaginação para outros lugares. Para além da música, aprecio filmes, tanto no cinema como em casa, toco nos meus V-Drums, e passar tempo com os meus filhos e animais de estimação. Tudo isto, aliado à quantidade de pessoas interessantes e produtores que vou conhecendo pelo mundo fora, traz-me toda a inspiração necessária.
8 – Quais são as tuas influências musicais?
R: No metal: Pantera, Sepultura, Metallica, BioHazard. No rock: Alan Parsons Project. No pop: Michael Jackson. No mundo eletrónico: Kraftwerk, Aphex Twin, Amon Tobin, Tipsy & Luke Vibert. E finalmente no psytrance: Hallucinogen, X-Dream, Oforia, FREq.
9 – Qual foi a atuação mais inesquecível e que te mudou mais?
R: Acredito que o Boom 2006 foi das atuações mais importantes da minha carreira, foi uma experiência absolutamente inesquecível. A partir daí tudo mudou.
10 – O que mantém o teu amor pela música eletrónica?
R: Está no meu ADN, sempre amei música de dança desde meados dos anos 80 até agora. Como os Depeche Mode disseram, as palavras são muito desnecessárias…
11 – O que gostas mais nos festivais?
R: Adoro um festival que é o seu próprio mundo aparte durante uns dias e toda a gente se diverte. São a melhor parte do ano e é tão divertido encontrar e reencontrar amigos de todo o mundo, dançar e conversar sobre a música e a vida.
13 – Onde vai ser a tua próxima atuação?
R: Estou a caminho de um tour no Brasil.
14 – Sobre as tuas próximas músicas, o que podes adiantar?
R: Tenho um lançamento muito em breve, uma colaboração com o Ryanosaurus chamada STILL SEARCHING. Também tenho lançamentos nos meus dois projetos colaborativos, o primeiro sendo uma música com MAD TRIBE sob o nome “Alpha Portal” e um remix de LOUD sob o nome “Easy Riders”.
15 – Sobre a tua próxima atuação em Portugal, quais são as tuas expectativas?
R: Amo atuar em Portugal. Tem um lugar muito especial no meu coração, pois foi o local da minha primeira atuação internacional, no Hard Club, e claro, por causa do Boom. É fantástico para mim e isso sente-se no dancefloor – espero um público incrível como sempre e estou ansioso que chegue.
16 – Para terminar a entrevista, deixa uma mensagem aos teus seguidores portugueses!
R: Muito obrigado pelo apoio ao longo dos anos! Até já!