“A própria natureza material é constituída por três qualidades: o modo da bondade, o modo da paixão e o modo da ignorância” [Bhagavad-Gítã]
As antigas escrituras concebiam-se não para livrar as massas do pecado mas sim para as dotarem de conhecimento: iluminação, consciência... E com consciência devemos ser para mundo o que ele é para nós. Sentir gratidão por estarmos vivos é o primeiro passo. Somos ser, corpo, coração, mente. Estamos ligados dentro do nosso corpo tal como estamos com o mundo que nos rodeia. A nossa casa não é um apartamento, não uma cidade, não é uma família. Casa vai para além do local de paredes e portas que nos protege e aquece, casa são os limites ilimitados da Natureza, da Mãe Terra, do Universo – sem eles, eramos: Nada.
E refletimos a nossa gratidão em espaços onde a Natureza e o nosso Humanismo se unem, somos felizes quando vemos uma bela paisagem, ou um sublime por-do-sol? Então, se somos gratos pelo mundo em que habitamos, porquê retrairmo-nos de cuidar o que é nosso? De que nos vale dizer que a nossa maior felicidade é dançar 24h e ir a festas no mato se esse mesmo mato é a mãe que gerou a nossa vida e que promove a nossa felicidade?
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Seremos mesmo os benfeitores? Os conscientes? Os livres?
Aqueles que não têm correntes são felizes porque são livres, mas o modo como tratamos o chão que pisamos dita as correntes que queremos carregar.
Eu quero ser livre e amada pela Natureza, quero celebrar a terra e dançar sem qualquer material a tapar-me os pés. Eu cuido o espaço que me habita como cuido o espaço em que habito...
Ser puro é de dentro para fora, de fora para dentro. Cuida, não descuides, não deites lixo no espaço que te faz feliz...
Artigo de Maria Rebelo
Foto ZNA Gathering